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18 de outubro de 2013

Quadras populares

A partir d' "A Canção da Amélia", de Alice Vieira, os alunos construíram a sua própria quadra popular. Uma vez mais, daqui resultaram trabalhos muito originais e divertidos.


Eu vi a Amélia
com o João
tão pequenina
a comer um pão.

Nuno e Rúben Daniel

Eu vi a Amélia
num salão
tão pequenina
a comer melão.

Fátima

Eu vi a Amélia
numa casinha
tão pequenina
a fazer comidinha.

Sandra

Eu vi a Amélia
num grande saco
tão pequenina
a comer um sapo.

Esmeralda e Mariana

Eu vi a Amélia
no meio do mato
tão pequenina
a casar com um rato.

Eu vi a Amélia
com o senhor doutor
tão pequenina
a gritar de dor.

Rúben de Jesus

Eu vi a Amélia
a espreitar a janela
tão pequenina
que ninguém dava por ela.

Diogo José

Eu vi a Amélia
dentro de um carrinho
tão pequenina
a comer um bolinho.

Carolina Ornelas e João Simões

Eu vi a Amélia
a brincar
tão pequenina
encontrou um amigo e começou a bailar.

Inês e Joana

Eu vi a Amélia
a brincar com um cão
tão pequenina
apanhou um ladrão

Érika e Diogo Pedro

Eu vi a Amélia
a matar uma mosca
tão pequenina
com uma concha.

Eu vi a Amélia
a fazer o jantar
tão pequenina
não sabe cozinhar...

Marta e Carlota

Eu vi a Amélia
na praia
tão pequenina
e com saia.

Eu vi a Amélia
no avião
tão pequenina
a comer melão.

Carolina Raquel e João Diniz

11 de outubro de 2013

Trava línguas

Para aguçar o apetite para os próximos textos, referentes ao mês de outubro, publicam-se mais alguns trabalhos dos jovens escritores do 5.º C.

Desta vez, trava línguas.


Tapa, tapa a pata                                                  Mandei encestar uma bola
o pato a tapa.                                                        tola lata, com uma capa lota
Aquilo tapa a pata.                                                Tola pala que caiu em terra pota.
Tapariripatiar.

Catarina, N4                                                          Rúben, N24



Na mala, uma mola,                  
noza, rica mala, mota.                 
Com um mapa fossa,                  
como mossa morta.                     

Diogo N5                        

Tenho uma mala, marritada, maltitatava
Mandei-a ao senhor marritador, maltitatavador
Que ma marritasse, maltitatavasse, como maltitatavador
Que lhe pagaria marritaduras, malrritatataduras. 

Nuno, N22




Na mala está a capa,                                             
na capa está a papa                                               
Na papa está a bala,                                             
Na bala está o chumbo.                                        
                                                                            
Eduardo Pestana, N7                                          
                                                                            
   
                                                                         

Eu tenho uma sala,
sala, salarica, sala
sala, sala, salalão
sala, salinha, salão
sala sabão salinha
sabonete sabonetão
salaricacacaquicacaçãocurica.

Esmeralda, N9



A capa, capinha, capinha, capocha, que tinha caído em cima da pocha, perdão, rocha!

Joana, N15


Dá à roda a capa mola,
olha a roda que mala roda
Vai à mola à roda mola,
Vai à roda a mola, que mola roda

Marta, N21

8 de outubro de 2013

O Sr. Outono

Nuno Afonso Fernandes Faria Nº 22 - 10 anos


     Já alguma vez ouviste falar do Sr. Outono, uma estação do ano muito linda, quase mais linda do que a sua irmã, a Primavera? 
     Bem, o Sr. Outono não é guloso. Ele, em vez disso, dá imensos frutos secos para toda a gente. O Sr. Outono também é muito atrevido pois põe as árvores todas nuas e secas. Também já inspirou artistas a pintar as suas paisagens lindíssimas.
     O Sr. Outono às vezes é muito mau, obriga os animais a irem para países mais quentes. Os dias dele são mais curtos e as noites mais longas; tem sempre a mania que a temperatura é amena (pelo menos na Madeira).
     Pois já me ia esquecendo: o pobre do Sr. Outono vai-se embora no dia 22 de dezembro, mas felizmente regressa no dia 21 de setembro do ano seguinte.
     Continuando, ele aparece e toda a vizinhança fica contente, mas também se começam a vestir roupas mais quentes. Também todas as crianças saltam para cima dos montes de folhas, que se formam no chão, em jeito de brincadeira. As crianças gostam muito dele porque quando vem traz castanhas assadas e bacalhau na brasa.
     O Sr. Outono tem uma folha especial, que é o símbolo do Canadá. Também traz com ele algumas datas festivas, tais como o Pão-por-Deus e o São Martinho e outras datas importantes, tais como o 5 de outubro, em que se celebra a implantação da república e o 1 de novembro, que é o dia de Todos Os Santos.
     E é assim a história do Sr. Outono.



O meu último dia de aulas na Escola das Romeiras

João Marcelo Fernandes Diniz Nº 16 10 anos


     No meu último dia de aulas na escola das Romeiras, fui para a escola ansioso, porque sabia das coisas diferentes e divertidas que iriam acontecer. Mas não era o único, também os meus colegas estavam nervosos. Era dia de festa...
     Todos ensaiámos antes, para que tudo corresse pelo melhor. Enquanto ensaiávamos, as funcionárias enchiam as mesas com bolos, doces, sandes e sumos.
     Quando chegou a hora da festa, todos os familiares subiram e se sentaram nas cadeiras para assistir ao espetáculo preparado por nós. A pré foi a primeira a atuar e depois o primeiro ano. De seguida, o segundo ano e depois fomos todos lanchar. 
     Depois de lancharmos, voltámos para a festa e foi a vez do terceiro ano começar a atuar. Seguidamente, as professoras apresentaram os meninos que passaram para o primeiro ano. Já se sabe, estes dias são muito importantes para todos os alunos, mas especialmente para aqueles que vão iniciar uma nova etapa, como estes meninos e nós próprios, que iríamos para uma nova escola. Foi, por isso, a nossa vez de atuar e das professoras nos apresentarem à audiência como os finalistas que iriam para a escola de baixo, a EB23 do Estreito de Câmara de Lobos.
     Depois disto, fizemos um sorteio de rifas para ajudar à viagem de finalistas e a minha tia foi uma das vencedoras.
     No final, fomos ver um filme e voltámos para casa. E assim foi o meu último dia na escola das Romeiras.

A velha casa abandonada

Fátima José Sousa Santos Nº 10 - 10 anos


     Sempre se ouviu dizer que havia uma casa abandonada no outro lado da rua. Cada vez que alguém passava perto, as luzes acendiam e apagavam, ouviam-se gritos, sussurros, risos...
     Toda a gente pensava que estava assombrada, mas... nem sempre o que pensamos, é.
     A Mariana, o José e a Joana são três irmãos, cujo pai trabalhava numa farmácia e a mãe geria uma loja de moda. Era raro os três irmãos verem os pais.
     Certa noite, a Mariana não conseguia dormir, pegou num livro e começou a ler. Até que adormeceu e sonhou com a velha casa abandonada. Sonhou que nessa casa viviam umas criaturas muito assustadoras, que queriam fazer-lhe mal.
     No dia seguinte, de manhã, Mariana contou o que tinha sonhado aos irmãos. No final, o José disse:
     - Mas eu sonhei o mesmo!
     - Mas que estranho, eu também! - informou a Joana também, surpreendida.
     Os três irmãos ficaram muito tempo a falar sobre o assunto, até que chegaram a uma decisão: iriam visitar a velha casa abandonada.
     Foram então, no dia seguinte, visitar a casa. Mal entraram dentro da propriedade, a porta abriu-se e eles resolveram entrar, cheios de medo. 
     Como não mais foram vistos, toda a gente pensava que que os três irmãos tinham morrido. Os pais, chegando a casa, ficaram muito preocupados. Começaram a pensar no que tinha acontecido. De repente, ouviram bater à porta. Era uma senhora da cidade que tinha visto tudo e disse:
     - Não sei como lhes vou explicar, mas as suas crianças morreram. Os pais, assustados, perguntaram:
     - Mas como?!
     - Entraram na velha casa abandonada e todas as pessoas que lá entram nunca mais saem.
     Os pais choraram muito e culparam-se mutuamente, pois quase não viam os seus filhos.
     Passados três anos, num dia de outono, vê-se a porta da casa abandonada a abrir-se e de lá saíram muitas crianças, a correr. Um deles disse:
     - Estão todos enganados, isto é uma casa mágica cheia de diversão.
     Para que todos acreditassem, os meninos pediram a todas as pessoas que formassem um círculo à volta da casa. Aí, os irmãos disseram:
     - Casa, mostra realmente o que tu és a a felicidade que transmites!
    A casa então lançou foguetes para o ar, com muitas cores e feitios, o jardim ficou verde e cheio de flores coloridas. As pessoas, que tanto falavam mal da casa, decidiram entrar e viram  o que havia lá dentro. Era totalmente ao contrário do que imaginaram. Os gritos que ouviam eram das crianças na montanha russa, os sussurros eram segredos mágicos e os risos eram a felicidade das crianças.
     Dentro da casa havia uma diversão imensa e, a partir daí, as pessoas mudaram o nome de casa abandonada para CASA MÁGICA.

     

A sereiazinha

Carolina Costa Ornelas Nº 2 - 9 anos

      Era uma vez uma sereia que queria conhecer a terra e os humanos.
     Um dia, a sereia foi à praia e viu um lindo jovem, por quem se apaixonou. A partir daí, todos os dias marcavam encontro. Todas as tardes, lá estava o Salvador, dedicado, a contar todas as histórias que aconteciam na terra. Também ela contava todas as histórias do mar e as maravilhas que havia nas profundezas do oceano.
     O Salvador era pintor, pintava paisagens maravilhosas, campos com muitas flores, florestas, árvores de fruto e animais. A sereia, com muitas dúvidas, perguntava-lhe tudo o que havia nos quadros:
      - O que é isto?! Que bela flor! Como se chama? Que cores tão bonitas, o que são?  
      E o Salvador respondia:
      - São flores, que se chamam rosas e essas cores bonitas são frutos, laranjas, maçãs, pêras, cerejas...
     De seguida, ela falava do que mais belo conhecia, dos animais como os cavalos marinhos, as baleias, peixes de várias espécies e do seu melhor amigo, o golfinho Pêpe. Falou também dos corais, que eram como as flores da terra, muito bonitos e coloridos.
       Passado algum tempo, o Salvador notou alguma tristeza na sereiazinha e perguntou:
      - Porque estás triste, sereia?
      - Estou tão triste porque eu não conheço o teu mundo e tu não conheces o meu...
     - Temos que arranjar uma solução! - disse, convictamente Salvador - Já sei, podias falar com a fada dos oceanos, para que ela nos pudesse dar uma poção mágica. Assim, ora tu ganhavas pernas para ir comigo ver a terra, ora eu ganhava rabo de peixe, para nadar por esses oceanos fora contigo.
     E assim foi, sereiazinha e Salvador conseguiram ter o melhor dos dois mundos e viveram felizes para sempre.

       

O meu futuro

Carlota Rubina Andrade Macedo Nº 1 - 10 anos



     Eu queria, no futuro, ser médica, porque quando entro no hospital fico contente por haver um sítio onde se possam ajudar as pessoas. Claro que por outro lado fico triste por ver tantas pessoas doentes. Quando vejo isso, sinto um prazer enorme por ajudar as pessoas.
     Gostava muito de fazer muitas caras felizes com o meu trabalho. Adorava sentir que as pessoas gostavam de ter as batas batas por perto, pois seria sinal que elas reconheceriam o nosso trabalho.
     Se não der para realizar esse sonho, vou seguir em frente, mas nunca me vou esquecer de ajudar as pessoas, pois o meu sonho é esse, transformar caras tristes em caras felizes, pessoas contentes com aquilo que eu fizer.
     E é assim que eu quero que seja a minha vida, no futuro: poder ajudar as pessoas, crianças, jovens, idosos, seja de que maneira for.


5 de outubro de 2013

O meu gato

Hugo Miguel Gonçalves Abreu Nº 13 - 10 anos


     Certo dia, era meio dia, e eu fui buscar um gato que a minha vizinha me queria dar. O gato era preto, de olhos azuis e muito pequeno.
     Quando eu, o meu pai e a minha irmã brincamos com o gato ele começa a miar, porque está muito feliz. Quando ele vê as nossas sombras, começa a brincar com elas e a querer agarrá-las. O gato começa a ficar tonto, começa a miar e nunca se cala.
     Ele é muito bonito, come tudo o que nós lhe damos, dá correrias enormes, mas anda muito devagarinho. O seu nome é Faísca. Ele adora saltar de um lado para o outro. Quando o chamamos ele vem logo a correr.
Vai para trás dos cântaros das flores e enrola-se todo para ficar quente. É muito brincalhão, gosta de brincar com cordéis.
     É muito divertido brincar com ele.


Se eu for polícia?

Diogo Pedro Sousa Pereira, N.º 6 - 10 anos


     Um dia, quando for grande, gostaria de ser como aqueles polícias que aparecem na televisão. Ainda estou indeciso entre ser das Forças Especiais ou Inspetor da Polícia.
     Queria descobrir criminosos que assaltam, matam e traficam drogas. Gostava também de conduzir um dos carros de patrulha que há lá na esquadra da polícia, e ainda de ter um parceiro.
     Todos pensam que a carreira na polícia é coisa boa, mas na verdade é como um filme de terror porque podemos morrer a qualquer momento e quase nunca estamos em casa com a família porque, como todos sabemos, os ladrões não descansam.
     E por isso é que eu quero ser polícia, porque ser polícia é como ser um heroi, e se eu algum dia tiver a oportunidade de o ser, não a desperdiçarei.




2 de outubro de 2013

Bem-vindos

Gostamos de ler e de escrever. Vamos partilhar as nossas aventuras pelo universo da leitura e da escrita.