Havia um
cientista na cidade de Veneza, em Itália. Esse cientista chamava-se Luciano.
Luciano era o único cientista de Veneza.
Ele tinha muita pena por ser tão solitário, mas às vezes, quando não tinha
ninguém perto de si para lhe fazer companhia, desenhava um boneco e imaginava
que ele tinha vida. Por vezes conversavam e até jogavam xadrez.
Infelizmente, havia pessoas que diziam umas
para as outas:
- Olha, este cientista daqui é maluco. Qualquer
dia ainda explode com a cidade inteira!
- Cá nada!
Ele é o mais maluco da cidade.
Mas Luciano não se sentia triste, sempre ultrapassava esses comentários.
Numa noite, Luciano disse:
- Tenho que
criar um amigo, um melhor amigo!
E na manhã seguinte, ele acordou às seis
horas da manhã, e então começou a fazer cálculos e ainda mais cálculos até que
chegou a uma conclusão e então arranjou máquinas e ainda mais máquinas, até que
conseguiu arranjar quarenta quilos de cera. Depois, derreteu a cera, colocou-a
num molde e deu-lhe vida. De seguida ele pintou-o com o vermelho para a
camisola, azul para as calças e castanho para os sapatos e assim estava feito o
seu melhor amigo, de cera, com um metro e sessenta centímetros e quarenta e
cinco quilos. Foi divertido. Inventavam coisas juntas, brincavam, conversavam e
Luciano ficou tão contente que construiu para ele uma cama muito boa e
molinha.
Mas, ainda assim, infelizmente, havia pessoas
que diziam:
- Um amigo
de cera ?! Que parvoíce. Já só faltava fazer um amigo de chocolate.
Luciano não ficava triste.
Ah,
esqueci-me de dizer, o nome do amigo é Bruno.